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Mallku Chanez - Medicina Tradicional Energética

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Resumo da Pesquisa de Campo

Revalorização da Cultura, da Ferocidade e da Agressividade da Medicina Feminina Amazônica

O Patuá da Mãe d’Umbigo Raizera e o

Patuazinho da Mãe d’Água

A tecnologia ocidental não explica, para si mesma, coisa alguma sobre a medicina Natural amazônica. O desconhecimento é absurdo, e é uma das razões que leva a os “gigantes da saúde, como a psicologia, a medicina cosmopolita e a biomédica”, a se emudecerem perante a medicina natural amazônica.

Buscar compreender os méritos, os acertos e os erros da medicina transcendental, das crenças dos medos, dos sustos, dos raios, e das superstições amazônicas, por sua importância cósmica e natural, colaborará de forma admirável e decisiva na comprovação de que as culturas milenares, outrora, tinham, sim, métodos específicos para resolverem os fenômenos existenciais etnometafísicos de sua comunidade.

Resumo da Pesquisa de Campo:

Valorização da cultura originária feminina e de sua sabedoria matriarcal.

Pela primeira vez, as Mães d’Umbigo Raizeras perceberam que podiam ser aceitas e valorizadas pelo lado oculto de sua cultura, a ferocidade e a sua agressividade de seu mundo (a Jaguaratê, a Mãe do Fogo).

Em consequência da sua vivência e do saber milenar, a Y’Piruá Sy,a Mãe d’Umbigoe a Y’Sy, Mãe d’Água,admitiam a livre escolha da posição de assento no Cepinho do Fogo no seu renascimento e no nascimento da(o) brotinha (o).

As Mães d’Águapreferiam a “postura vertical do canal de nascimento”, elas preferiam se sentar no Cepinho do Fogo e imoladas com folhas de Alfazema. Era uma renovação, receber aY’Agury, a criança vinda das águas, nos seus braços, imediatamente após o seu nascimento.

Do lado de fora da casa, se iniciava o ritual do Petynguá, “ascender o cachimbo”, ritual realizado pelos homens para oferecer a“fumaça sagrada” e as frutas rechiadas com mel, ao Y’Vakaju,ao “renascimento da mama’e e o nascimento “Sem Dor”, da Y’Agury, na “Terra Sem Males”.

Respeitando as tradições e costumes milenares, a Mãe d’Umbigo devolvia a Aguaí (a placenta) à família para que elas a guardassem embaixo de um PatuáJaquitiva,árvore. A Aguaí,continha, um valor “metafísico”, para as tradições culturais da comunidade de agradecimento a Mãe Cósmica e a Mãe Natureza.

O PatuáJaquitiva era considerado um ente que recepcionava o Tata Chin-i, o Fogo-branco, raio, proveniente do Céu-fogo e da Terra-água. Era capaz de harmonizar o fluido da Força Espiritual Cósmica entre a Mãe d’Umbigo que usava o Grande Patuá e a Mãe d’Água que usava o Patuazinho.

A Mãe d’Umbigousava o Grande Patuá. Elas acreditam que nela se concentravam todas as forças energéticas da Mãe Cósmica, desde os primeiros sinais da Y’Agury. Através dele, a Mãe d’Umbigo se comunicava e relacionava com a Mãe d’Água, que levava consigo o Patuazinho até o dia do nascimento da Y’Agury. Após o nascimento da Y’Agury, o Patuazinho era devolvido para a Mãe d’Umbigo Raizeira.

A intenção, a percepção e a intuição eram sentimentos básicos para o “recolhimento” da prática da Mãe d’Umbigo Raizeira. Assim, Mãe d’Água e a Mãe d’Umbigo, buscavam e encontravam uma forma prática e segura para recepcionar o nascimento da Y’Agury e o renascimento da Mãe d’Água.

Existem muitos conhecimentos milenares valiosos que se perderam pela arrogância e pela hegemonia da civilização cosmopolita ocidental. Para isso não continuar a acontecer, é necessário o apoio das comunidades originárias organizadas, de instituições acadêmicas e governamentais, apoiando os programas de resgate e preservação dos conhecimentos milenares que são do interesse da humanidade, para sua transcendência energética e espiritual.

Observações e reflexões importantes:

a) sobre as diferenças fisiológicas e anatômicas do aparelho reprodutor e digestivo;.

b) sobre as diferenças semânticas do aparelho reprodutor e digestivo.

Havendo o Kallawaya assimilado, respeitado e aprendido as propostas e as técnicas seculares daMãe d’Umbigo Raizeira, durante muito tempo,a comunidade aceitou de bom grado as nossas pequenas orientações perante a grandiosidade das Mães d’Umbigo Raizeiras. Tendo assim logrado integrar o todo de nossos conhecimentos e sentimentos.

Livros

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Trabalhos do Autor

  • 1ª Mostra Nacional em Psicologia Social
  • 1° Ambulatório de Medicina Natural

Sobre o Autor

Roberto Fidel Valda Chanez (Mallku Chanez) nasceu em 24 de abril de 1954, no Kollasuyo, Bolívia. Foi iniciado na Medicina Itinerante Kallawaya na sua infância. Estudou Medicina na Universidade de Cochabamba, na Bolivia; estudou Medicina Taoísta Chinesa por dez anos e se formou em Psicologia pela Universidade de São Paulo, USP, no Brasil. Membro Associado ao Conselho Regional de Psicologia, 6ª Região (CRP), desde 1989.

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